sexta-feira, 16 de novembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Textos construídos a partir da provocação da BOTA - Ateliê Memória e Narrativa
A: Óh, Bota! Livrai-nos de toda a penúria da lama.
Faça a gente poder atravessar a rua e chegar em nossa cama.
Estamos cansados e de limpo ninguém nos chama.
Caiba no meu pé, por essa vez,
e prometo lhe guardar de vez.
Faça a gente poder atravessar a rua e chegar em nossa cama.
Estamos cansados e de limpo ninguém nos chama.
Caiba no meu pé, por essa vez,
e prometo lhe guardar de vez.
BOTA: Mas quanta admiração, meu caro... irmão!
Chega dessa rima, porque comigo ninguém mais brinca.
Não sou bola, copo descartável, elástico, tampouco esmola.
Trouxeram pra cá eu, meus tios, irmãos e pai,
mas deixaram minha mãe para trás.
Tiraram fotos de frente, de lado, num fundo azul que nada combinava.
E me perguntaram se eu gostava?
Chega dessa rima, porque comigo ninguém mais brinca.
Não sou bola, copo descartável, elástico, tampouco esmola.
Trouxeram pra cá eu, meus tios, irmãos e pai,
mas deixaram minha mãe para trás.
Tiraram fotos de frente, de lado, num fundo azul que nada combinava.
E me perguntaram se eu gostava?
A: E, Bota, tu fala?
BOTA: Shiiiu! Você é 38 e eu sou 36.
Chega! Vá atrás de outro freguês.
Chega! Vá atrás de outro freguês.
A bota
A bota anda, a bota
pula.
E a vida da bota, qual será?
A bota tem vida, será?
A bota anda, entra na água,
nada e nem sei onde ela foi
parar.
A bota que eu usei, a bota que
eu vou usar, não é a mesma
que na água eu fui entrar.
Bota que bota, bota para lá
e bota para cá, a bota vem e
E a vida da bota, qual será?
A bota tem vida, será?
A bota anda, entra na água,
nada e nem sei onde ela foi
parar.
A bota que eu usei, a bota que
eu vou usar, não é a mesma
que na água eu fui entrar.
Bota que bota, bota para lá
e bota para cá, a bota vem e
a bota que vai.
A Diane afundou, por deixar ela afundar,
Foi por causa da bota que não pode andar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu tirava a bota e começava a remar.
O Wemerson afundou, por deixar ele afundar,
Foi por causa da bota que não soube voltar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu ajudava o Wemerson, a bota tirar.
A Carol afundou, por deixar ela afundar,
Foi por causa da bota que não pode acalmar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu fazia a bota começar a pular.
A Recy afundou, por deixar ela afundar,
Foi por causa da bota que começou a afogar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu catava essa bota e jogava pro ar.
A Kelly afundou, por deixar ela afundar,
Foi por causa da bota que não pode parar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu ensinava a bota a por-se a respirar.
O Marco afundou, por deixar ele afundar,
Foi por causa da bota que o fez atolar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu ajudava o Marco a bota arrastar.
Siriri pra cá, siriri pra lá
A Duda chegou e quer brincar.
Siriri pra cá, siriri pra lá
A Edrellyn viu e quer se juntar.
Siriri pra cá, siriri pra lá
Mayra tá aqui e quer acompanhar.
Siriri pra cá, siriri pra lá
O peixe tá vivo e vai pular!
domingo, 9 de setembro de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Sobre Dona Beti
Vejamos então o que minha IMAGINAÇÃO diz sobre DONA BETI:
Temente a DEUS, veio do NORDESTE, objetivando proporcionar melhores condições às suas crianças (que eram três), principalmente para a menina do meio, que for picada por uma COBRA coral. Cabe a mim, resumir como se deu o ocorrido (Ah! E é importante dizer que eu não estive lá, com ela, quando isso aconteceu, mas após ter ouvido Dona Beti FALAR, nada mais natural que ver o quê e como, para mim, ocorreu):
A menina do meio estava brincando na RUA, de bola, com os meninos, a bola caiu no mato seco, a menina foi buscar. Mato adentro a menina foi entrar, viu o mato amassado e começou a se aproximar, imaginou: “A bola, ali deve estar!”. Não mais que de repente começou a ESCUTAR um revirozinho de leve e de pertinho foi olhar. Escavucou o ninhozinho, que muito PÓ começou a liberar e gritou, depois de um rabinhozinho armado avistar: “Meu Deus! É cobra! É cobra! E daqui a pouco vai pular”.
A vizinhança toda escutou e Dona Beti, o FOGÃO largou, logo a arma sacou, correu rua afora e esbaforida chegou. Ninguém sabe como, mas Seu Toinho, o vizinho, lá antes chegou. Com a menina no colo foi logo dizendo: “Eita que a cobra já picou! Dona Beti, não vai tê jeito não, o veneno já entrou!”.
Dona Beti desmaiou, nem sabem quem, a menina, para o hospital levou.
O que eu sei é que depois é que depois que Dona Beti acordou, correu para a IGREJA e, incessantemente rezou. Foi quando o celular tocou e Não Sei Quem disse: “A menina melhorou.”
“Glória a Deus! Glória a Deus! O milagre aconteceu”, o que vocês não sabem é que Dona Beti,algo prometeu:
“Meu Deus, meu Deus! Se a menina melhorar eu prometo que pra São Paulo vou me mudar, a menina vai ser ATRIZ e essa história, pra cinco pessoas vai contar, não sei se é certo profetizar: Vai ser pra um menino e quatro meninas e pra ela, eles vão estar a olhar.
Isso, em um dia especial vais e passar: Um bairro que já esteve ALAGADO vai visitar, uma história mentirosa vai ter que contar e as palavras PREFEITURA e DOCUMENTO nesse conto vai ter que encaixar!
Mas tão confusa ela vai estar, que com reticências a história vai terminar. Não porque ela quer as regras driblar, mas porque ela tá com vontade de com eles começar a caminhar e o restante da história, quer com eles continuar ...”
Por Marina Morena.
sábado, 18 de agosto de 2012
Entre avó e neta...
Dona Adelina nos recebe e conta suas lembranças de menina. O dinheiro que aceitou da prefeitura comprou outra casa no
mesmo lugar. Bateu laje, construiu em cima. Fala de suas histórias e faz a todos viajar em sua memória. Ela é minha avó materna. Cuidou de mim na infância. Admiro
todo o seu saber. Me lembro sempre e não posso esquecer . Tudo que eu
aprendi estando perto de você. O que escrever de alguém que tudo sabe, tudo viu.Matou caça
, era o que ela comia. Se curou de doença com banha de anta. Filha de fazendeiro, conheceu a lama do romano, morou na
igreja esperando a água abaixar. Sua história daria uma bela peça de teatro.
Por Diane Oliveira
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Um mergulho no Seu Rafael
O que dizer quando se tem um homem com memórias transbordantes na sua frente? Nada. Cabia a todos nós ouvir. E ouvindo, imaginar. E imaginando, ser. Éramos como a correnteza e ele o rio - fazíamos o rio revelar parte de seus mistérios, mas pouco me interessava decifrá-los. Era o mistério como catalizador da dúvida, que nos deixava ali, com os olhos espantados, em frente ao portão a ouvir sobre aquele bairro-brejo. Ou melhor, sobre esse bairro-coragem, bairro-resistência, bairro-migração, bairro-periferia, bairro-Romano. Seu Rafael era o rio que estávamos prestes a mergulhar. Resolvemos tapar o nariz e entrar na água. Não! Destapemos! Aquele cheiro forte podia ser sentido das margens e das casas ribeirinhas. Era um desprendimento de energia desnecessário. Entremos inteiros no rio! E entramos. O rio Seu Rafael é daqueles que não dá pra ver o fundo, mas conseguimos sentir os peixinhos mordendo nossas pernas, e entre glubs glubs dizerem que não entendiam o que queríamos ali se não pescá-los e comê-los. Digo a eles que... Cobriu! A água tá chegando na boca, ela já cobriu o pescoço! Ficamos? Um vizinho ali próximo do rio deu um passo adiante e gritou: Vocês estão num buraco! Desse lado do rio, a água é nos joelhos. Ah, a sabedoria dos antigos nos pondera a permanecer. E ficamos. A água foi secando. Se aquele cheiro era de sujeira eu não sei. Desconfio que o fedor venha da água parada. Vamos movimentá-la!
Ana Carolina Marinho
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Materialidade textual construída durante o ateliê de Memória e Narrativa de 15 de julho de 2012 por Ana Carolina. |
Antigamente (sobre Dona Maria José)
Antigamente no Norte só tinha brejo, ai eu me mudei para São
Paulo para uma casa com uma pequena cozinha. Eu queria escrever até a minha
história, depois da enchente, porque a minha casa virou um aquário. Minhas
coisas ficaram todas embaixo d’água. A enchente foi tão forte que tinha até
peixe na água. Ai eu te pergunto, e o que aconteceu depois da enchente? Eu dou
o meu melhor sorriso e respondo, quase nada. Mas eu como pessoa mudei o meu
modo de agir e pensar, e eu quero contar a minha história e a minha experiência
depois da enchente. Naquele momento eu não entendia o motivo de tanta água,
talvez a água veio lavar os nossos pensamentos, veio nos acordar do sonho
pacato que tínhamos, veio nos mostrar a realidade e dizer para nós que apesar
de todo o problema sempre há uma solução.
Keli
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Materialidade construída por Keli durante o ateliê Memória e Narrativa no dia 15 de julho de 2012. |
Um encontro com Seu Fernando
E a brincadeira se deu ali debaixo do meu nariz, no encontro
com aquele senhor sorridente, que na primeira pergunta que fiz, me respondeu de
pronto, que aqui não tinha nada, que era só mato, mato alto! Foi o que Seu
Fernando viu quando voltou a cidade com a esposa que conheceu numa feira na
Bahia, por onde andou de esquina em esquina vendendo os quadros que pintava. A brincadeira
de perguntas e respostas trouxeram à sua memória coisas que ele não queria
recordar e ali no quarto/sala, vi o homem adulto se emocionar ao lembrar da
dificuldade que foi ser menino. Não quis falar, calou! Mas logo retomou o ar
sorridente e contou da adversidade que enfrentou ao chegar, vivendo numa casa
que não tinha teto, não tinha nada, num chão encharcado da água de um rio, que
quando enchia, enchia a casa de peixe. Seu Fernando falou daqui desse lugar, no
tempo que se pescava peixe e caçava rato suíço no mato alto. No tempo que o rio
respeitava a fronteira que Romanos ainda nem os compreendiam. O tempo do
começo.
Recy Freire
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Materialidade textual produzida durante o ateliê Memória e Narrativa de 15 de julho de 2012. |
Sobre Dona Josélia
Meu nome é Dona Josélia. Eu antes de vir morar no Romano, eu
tinha uma casa lá na Bahia e eu trabalhava muito né? Ai eu logo conheci o meu
marido. Foi ai que eu vim morar em
São Paulo , no Jardim Romano. Eu costumo dizer que eu sou uma
moradora bem antiga do romano, eu digo assim que eu fui um dos primeiros
moradores daqui, né? No tempo das enchentes, eu gostava muito de falar a
verdade para a imprensa. A verdade, né? Dos
políticos que não fazem nada para nós pobres. Ai no período dessas enchentes eu
ia muito para a igreja pedir a Deus que essa situação acabasse, né? Aí graças a
Deus passou. E hoje eu sou muito feliz e meu marido me ajuda muito até hoje,
graças a Deus, né? E é isso.
Wemerson
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Materialidade construída dentro de um procedimento no ateliê Memória e Narrativa de 15 de julho de 2012. |
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Veneza Paulista
Composição feita por Diane Oliveira, artista-moradora do bairro Jardim Romano, para o projeto "Daqui a Pouco o Peixe Pula..." Veneza Paulista
Vira-latas
Composição feita por Diane Oliveira, artista-moradora do bairro Jardim Romano, para o projeto "Daqui a Pouco o Peixe Pula..." Vira-latas
quem conclui nada
E não tinha nada, nada, nada
Aí veio a luz elétrica!
Aí veio os paneleiros!
Aí veio gente comprar terreno barato!
E o brejo dos sapos foi se transformando em jardim sem flores para os Romanos...
Aí veio a luz elétrica!
Aí veio os paneleiros!
Aí veio gente comprar terreno barato!
E o brejo dos sapos foi se transformando em jardim sem flores para os Romanos...
por Recy Freire
[ materialidade literária gerada a partir do Ateliê Memória e Narrativa]
...depois de deliciosas conversas com os moradores: Seu Toinho, Seu Rafael e Dona Maria José.
Ainda sobre o dia 11 de Julho
Quando?
Muito tempo depois “daquela” chuva.
Onde? No
lugar que teve o ciclo cotidiano interrompido por um rio de lama
Hoje
eu me senti o rio, invadindo a vida e quebrando a rotina dos moradores. Aquele
senhor estava, como de costume, sentado na porta da quitandinha: “Seu Toinho! ”.
“Bom dia, seu Toinho!”. Seu Toinho respondia com alegria o cumprimento de todos
que passavam, como de costume. Trabalhando! Costume esse que que ele adquiriu
desde muito moço, lá na cidade de
Tarumirim em Minas. E o meu rio então entrou na quitanda, o seguiu na
rua, e foi parar dentro da sua casa, onde as paredes ainda pareciam molhadas
com a invasão do outro rio que entrou ali e levou embora bem mais do que alguns
móveis - “Menos aquele armário antigo” que guarda as panelas, “Esse não levou,
não”. Seu Toinho é um trabalhador, muito simples e sorridente, e falou com a
sabedoria dos vividos sobre seu passado, sua chegada ao Jardim Romano, as
enchentes que vieram bater à sua porta e voltaram e da que entrou sem bater,
dos paneleiros, dos políticos e com muito orgulho e brilho nos olhos, de seus
filhos. Mostrou as fotos dos filhos e dos netos reunidos no dia do seu
aniversário, e foi lá dentro, no quarto, pegar a camisa que ganhou de um deles,
mas que nunca usou, pois é um homem simples. “Pergunte mais, minha filha! Pode
perguntar.” E então, lembrou que é um homem trabalhador e se despediu. Meu rio
não o seguiu, ficou ali mergulhado como água parada de chuva. Encharcado na
memória de um jardim que ainda era brejo.
... só ouvindo o barulho dos sapos...
Por
Recy Freire
no Ateliê
Memória e Narrativa
(na companhia gentil de Wemerson Nunes)
(na companhia gentil de Wemerson Nunes)
Jardim
Romano
11/07/2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Primeiras palavras sobre Seu Rafael - Ateliê Memória e Narrativa
Dizem que quente e úmido são as condições ideias para a proliferação de vida, mas naquele dia o Romano tava frio e seco (o ar, claro, porque a terra dali sempre foi encharcada) e foi assim que eu compreendi a vida que pulsava por mais de 50 anos naquele lugar.
Fomos em busca de Seu Rafael, não lembrávamos qual era sua casa, mas contávamos com a solidariedade da rua para descobrir. E assim surge Dona Maria José, que de prontidão disse que Seu Rafael era o morador mais antigo daquelas bandas. Entre palmas e alguns sorrisos satisfeitos, ele abre a porta de sua casa e ali, embaixo do sol tão disputado, começamos a conhecer o morador-romano-nordestino mais antigo. Era tudo um brejo, minha filha. Não podia cavar meio metro que surgia água. Mas todo mundo queria seu pedaço de terra, né não Seu Rafael? Afinal, o que importa se o terreno é pantanoso se ele é seu?
Por Ana Carolina.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
A perna-de pau, caminhando sobre as águas.
O Jardim Romano sofreu durante dez anos com recorrentes enchentes. As águas fizeram com que os moradores erguem-se uma arquitetura de sobrevivência. As casas foram se verticalizando através dos sobrados e lajes. Quando as águas vinham era comum se ouvir: Bota pra laje. Mantimentos, móveis, eletrodomésticos e homens subiam para as lajes. Lá de cima ver a lua refletida na rua rio... A água espelhava a memória. Assim, o ateliê de criação visa construir uma dramaturgia sensorial a partir desse dialogo com a arquitetura do bairro. É de cima... É no desequilibrio que busca-se o eixo para andar sobre as águas. Os homens de cima e os peixes embaixo nadando pelas ruas. A vida ergueu-se. A cabeça se ergue para (re)visitar esta memória.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Ateliê Memória e Narrativa de 11 de julho
Vinte anos atrás chega a avó de Diane, Dona Adelina, no Romano. Vinda da quentura bahiana, ouvia falar que por essas bandas desvairadas não haviam crianças nas ruas, sorrisos desmedidos, tampouco a solidariedade nordestina, aqui, segundo diziam, era um perigo só. Saqueavam nas ruas, nas casas e na rodoviária. Mas como chegar nessa cidade sem passar por esses lugares? Teve que enfrentar. E enfrentou e desmentiu. Quer dizer, mais ou menos. É que o povo cresce as coisas né? Assim que a avó de Diane chegou, descobriu que o Seu Alemão era o responsável por organizar o bairro e não deixar que o tornassem favela. Barraco? Nem pensar. Mas não era só pela aparência que o alemão dizia isso, era porque as casas de taipa ou madeira não suportavam a imensidão do rio quando transborda. Mas Dona Adelaide só entendeu mesmo, depois que foi testemunha corpórea do que só, vez por outra, ouvia falar. A única coisa que fez Dona Adelina se espantar mesmo com essa São Paulo foi a quantidade de água que entrou dentro de sua casa na primeira grande chuva que passou, quinze dias depois de chegar no Jardim Romano. Era a primeira vez que via uma enchente. E essa palavra consegue conter o tamanho que essa coisa é? Luzia, comadre de Francisca, diz muito sobre a sensação que Dona Adelina teve ao ver pela primeira vez aquele mundaréu líquido, ou seria pastoso? Pensei que o fim do mundo fosse de fogo, mas é de água. Dona Adelina lutou pela permanência no bairro, ainda que a chuva parecesse querer dizer que aquele não era o seu lugar e a prefeitura tentasse convencer Dona Adelina a vender a sua casa por R$2.000,00, com esse dinheiro a senhora compra uma nova casa, não é mesmo? Pense direito, é um bom negócio. Ah, mas Dona Adelina sabe o que é enfrentar. Posso não ser letrada, mas entendo das coisas.
Quero voltar lá, preciso ouvir mais daquela senhora que de sorriso largo, café pronto e sotaque que me é comum, nos recebeu em sua cozinha para papearmos sobre ela e aquele bairro, do qual só sai pra colher seus legumes e pescar alguns peixes no sítio próximo de uma comadre.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Ateliê de Grafitt com Cris Ignoto
Início do Ateliê de Grafitt - As paredes tatuadas, com Cris Ignoto. O ateliê rola às quintas-feiras das 13h30 às 15h30 na rua Alvarens, 145, cs. 1. A atividade integra o projeto dos ateliÊs de criação do Daqui a pouco o peixe pula, contemplado pelo PROGRAMA VAI. O espaço fica próximo ao CEU Três Pontes. É só chegar e se inscrever. As inscrições ainda estão abertas. Maiores informações: 8793-9451 (Tim) falar com Keli Andrade.
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