EstoPÔ Balaio




ESTO BALAIO
[de] criação, memória e narrativa.

                A expressão estopô balaio é o sinônimo de confusão, de chafurdo, de bagunça. Quando dá o estoPÔ balaio o pantim está formado. Nesse sentido, quando dizemos que fulano deu o estoPÔ balaio é que não se aguentou e estourou. A expressão popular dá conta de um lugar. Através da palavra oral a identidade se revela. Uma expressão genuinamente nordestina para dar conta da identidade migrante que forma a ideia de agrupamento/coletivo que se formou. Um coletivo de atores/artistas migrantes nordestinos que se encontraram na experiência pessoal da migração e no encontro na cidade de destino dos devires migrantes, a metrópole, uma forma de reproduzir um pedaço do lugar de origem na vida e na arte.
                A proposta de formação de um território de artistas em que a experiência com a memória, materialidades possam ser produzidos tendo processos de criação  como meio de interlocução entre  vida e arte. A perspectiva de aproximação de mundos, de junção daquilo que Suely Rolnik chamou de subjetividade lixo, aquelas formadas pelos ditos marginais excluídos de um pensamento hegemônico capitalista, ao seio da sociedade formalizada em seus sistemas de relações, de poderes, de intelectualidades, ao centro do olhar.
                O coletivo começa a surgir a partir da pesquisa com porteiros de edifícios da cidade de São Paulo, migrantes nordestinos que residem na capital paulista através de um projeto de criação de dramaturgia que lançou olhos sobre esta memória migrante em relação a cidade e seus processos de descolamentos e implicações existenciais que se revelou nas narrativas presentes nas histórias de vida desses trabalhadores do silêncio resultando no espetáculo teatral Portar(ia) Silêncio.
                O coletivo tem um núcleo de pesquisa em narrativa e mito através da contação de histórias da literatura oral brasileira através de seus contos, lendas e mitos que delineiam as cores de um país fabular e mítico presente na memória oral de seu povo. O núcleo Chicote de Língua trabalha com esta vertente da memória e oralidade através da memória fantástica popular e daquilo que Carl Jung pode chamar de inconsciente coletivo. Nesse núcleo existe o repertório de dois espetáculos Assim me contaram, assim vos contei... (construído a partir da obra de Câmara Cascudo em seus estudos sobre a literatura oral) e O Rio Menino (projeto em construção sobre as lendas e mitos que margeiam o imaginário das comunidades ribeirinhas do país.)
                O segundo projeto do coletivo intitulado Daqui a pouco o peixe pula... nasceu do encontro com os moradores do Jardim Romano, no extremo leste paulistano, bairro que ficou alagado durante três meses entre dez/2009 e fev/2010. Na memória social do bairro nasce um projeto de construção de dramaturgia cercado por outras ações com moradores e artistas do bairro, afim de construir uma cena documental que retrate e redimensione esta memória através do teatro.
                Um coletivo, um balaio de criação que encontra na memória e narrativa um exercício de poetizar e refletir sobre a experiência do “real” na arte.

EstoPô Balaio já realizou as seguintes temporadas:

ASSIM ME CONTARAM, ASSIM VOS CONTEI... :

  •  Realizou apresentações nas bibliotecas do CEU Três Pontes (Jardim Romano) e CEU Tiquatira (Penha) – 2011
  • Teatro de Cultura Popular – Jun e Jul/2009
  • Festival Agosto de Teatro (Ago/2009) – Natal/RN;
  • Teatro de Cultura Popular (Fundação José Augusto – natal/RN) – mar a jul/2008
  • Casa da Ribeira (Natal/RN) – Out e Nov/2007

PORTAR(IA) SILÊNCIO:
  • Temporada no Centro Cultural São Paulo (São Paulo/SP) – Out e Nov/201;
  • Apresentação na Sede Luz do Faroeste (São Paulo/SP) – Jul/2011;
  •  Apresentação na SP Escola de Teatro  (São Paulo/SP) – Jul/2011;
  • Apresentação no Espaço Pyndorama (São Paulo/SP) – Dez/2010;
  • Temporada no Salão Nobre do Teatro Alberto Maranhão (Natal/RN) – Nov/2010;
  • Temporada no Teatro Municipal de São Gonçalo do Amarante (RN) – out/2010;

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·        PRÊMIOS E EDITAIS:
  • PROAC de Artes Visuais - 2011 juntamente com a artista visual Júlia Salgueiro para o projeto Daqui a pouco o peixe pula...;
  • PROAC DE PRIMEIRAS OBRAS EM ARTES CÊNICAS – 2011 com o projeto Daqui a pouco o peixe pula..., com performance de intervenção urbana com os moradores do Jardim Romano.
  • PROART - 2012: espetáculos O Rio Menino, Assim me contaram, Assim vos contei..., e Portar(ia) Silêncio
  • Edital de credenciamento do Sistema Municipal de Bibliotecas - São Paulo - 2011, Contações: O Rio Menino e Assim me contaram, Assim vos contei...
  • Edital de ocupação de espaços da prefeitura da cidade de São Paulo (Centro Cultural São Paulo) ´espetáculo Portar(ia) Silêncio - 2011.
  •  Prêmio Myriam Muniz de Teatro – 2009 com Portar(ia) Silêncio;
  • João Júnior ganhou Troféu Cultura/RN com de melhor espetáculo com Studio Ribeira – 2007;
  •  João Júnior ganhou o prêmio Cena Aberta -2005 Banco do Brasil/Casa da Ribeira;
  • Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2007 – Quando a Justiça se cala... (Natal/RN);·         
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Quem tá no Balaio

Ana Carolina Marinho

João Júnior 

Recy Freire

Cia. Geração da Arte

Bruno Cavalcante

Bruno Fuziwara

Diane Oliveira

Eva Barreto

Igor Sousa

Paulo Oliver

Roberta Munhoz

Wemerson Nunes

Artistas parceiros

Cris Ignoto

Fábio de Sousa

Júlia Salgueiro

Rogério Amorim

Vitor Santhiago

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